O velho andejo descritivo voltou, deixando assim de lado a crônica, na tentativa de mostrar a vocês quão confuso foram os últimos dias, que por ventura me trouxeram novamente à casa da Bina e do Paragua em Canoas - sim, eu sei, visito-os tanto ou mais do que as igrejas, não é uma escolha, rs!
Diferente do que planejava, porém como eu imaginava, algo extraordinário aconteceu. Nada de muito especial, porém nada nesta viagem é ordinário ou regrado. Sairíamos de Caxias do Sul na segunda-feira, com a carona de uma de nossas anfitriãs na cidade, rumo a Três Coroas, local em que visitaríamos o templo budista Chagdud Gonpa Khadro Ling. Porém, Vanessinha, nossa anfitriã em questão teve um compromisso inadiável de última hora e teve de permanercer em Caxias até o dia seguinte, não é mesmo senhorita?
Entretanto, sem mais percalços - ao menos por enquanto - seguimos no dia seguinte ao templo nomeado a cima, este que significa Morada das Dançarinas do Céu, e fica numa região afastada do centro da pequena cidade que o sedia. Lá ficamos poucos instantes, afinal, ao final da tarde deverímos procurar um lugar para dormir, já que não o conseguimos no próprio templo. Assim caminhamos até a estrada próxima, e mesmo sem esperança devido ao horário, conseguimos uma carona até a pequena e receptiva cidade de São Francisco de Paula, impressão causada pelos bombeiros locais, Dias, Kleber e Roque, que nos acolheram em seu posto, dando-nos comida, chuveiro e cama para passar a fria noite na serra gaúcha. Inclusive nos convidaram a permanecer ali por uns dias e conhecer as belezas da região, convite que educadamente recusamos. Porém os momentos ali foram interessantes, com música, indagações sobre nossa crença em ovnis - vimos inclusive uma filmagem de um suposto ovni nos céus da região - conversas sobre acidentes na perigosa serra da Rota do Sol e sobre supostas pessoas idênticas a nós mesmos.
Apesar de muito bem recebidos, não tardamos a seguir viagem no dia seguinte, inicialmente com intúito de ir até Cambará do Sul para encarar os canions outrora deixados de lado. Decidimos os recolocar em nosso roteiro a fim de reencontrar o Paraguaçu, que supostamente traria um blusa que eu havia esquecido em Floripa, cidade em que ele passava férias na ocasião. Porém, como já estamos nos acostumamos, não somos senhores de nosso destino, e depois de uma carona que nos levou até Tainhas, uma outra nos levou até perto de Torres, e uma terceira nos deixou na entrada da cidade praiana.
Novamente fomos muito bem recebidos pelos ilústres universitários da cidade, Guilherme e Rafael, que novamente cederam suas casa para nosso abrigo e base. Dormimos por ali e no outro dia de manhã seguimos, apenas com uma mochila de ataque, de ônibus para Praia Grande, ainda na utópica, dadas as adversidades, vontade de conhecer os cânions. Gostaríamos de acampar no alto de um deles, mas além de sermos proibídos pelo Ibama, nem mesmo conseguimos chegar ao local. De Praia Grande até o Cânion Itaimbézinho, nosso objetivo, eram 18 intransponíveis quilômetros. Duas caronas tentaram nos ajudar, porém, no meio da serra que nos separava de nosso destino, esperamos nada mesmo do que 4 horas. Acreditem, nenhum carro passou, nenhum. Por sorte, antes do anoitecer, ao menos um carro voltando a Praia Grande surgiu e nos levou à pequena cidade. Lá encontramos um bar onde assistimos ao empate do Inter - imaginem o mau-humor do Alex depois disso, rs - e a vitória tranquila do São Paulo. Acampamos em um balneário na beira do rio Mampituba, e no dia seguinte, com uma carona e um ônibus, voltamos a Torres onde tínhamos deixado nossas coisas.
Os últimos dois parágrafos relataram os dias de espera ao Paragua, ou melhor, à minha blusa, contudo, na tarde de sexta-feira só encontrei o primeiro: a blusa não veio. O Paragua até tentou, mas um desencontro ocorreu e nada feito. Pegamos então uma carona com o próprio Paragua em direção a Osório, ou pelo menos isso imaginávamos. O Paraguaçú disse que a Bina havia conseguido carona e talvez trabalhos para nós com um tio em Tavares, uma das cidades em nosso modificado roteiro, dado isso o acompanhamos a Canoas, onde NOVAMENTE encontramos a Sabrina!! Inúteis meus alertas ao Alex, novamente fica provado como é difícil se ver livre dessa garota!!!! Não é Sá??? Hahahaha!
Bom, sábado fui a um forró ao ar livre em Porto durante a tarde e à noite fui a Estrela, cidadezinha a uns 100km daqui, com o Alemão, outro grande amigo da cidade, curtir uma festinha de dança que teve por lá. Domingo um dia para descansar e hoje, segunda, aguardamos ansiosamente notícias da Bina dizendo o dia e o horário da nossa carona até Tavares, esperamos partir amanhã mesmo.
Não vou, todavia, declarar quais nossos planos para os próximos dias, afinal, dada a nossa experiência nesses assuntos, sabemos que eles não se concretizarão. Acho que vou me desplanejar, e deixar a partir de agora, a vida me levar.
Vadiando agora sem rumo, um grande abraço a todos e muito obrigado pelos comentários.
Andejo.
Diferente do que planejava, porém como eu imaginava, algo extraordinário aconteceu. Nada de muito especial, porém nada nesta viagem é ordinário ou regrado. Sairíamos de Caxias do Sul na segunda-feira, com a carona de uma de nossas anfitriãs na cidade, rumo a Três Coroas, local em que visitaríamos o templo budista Chagdud Gonpa Khadro Ling. Porém, Vanessinha, nossa anfitriã em questão teve um compromisso inadiável de última hora e teve de permanercer em Caxias até o dia seguinte, não é mesmo senhorita?
Entretanto, sem mais percalços - ao menos por enquanto - seguimos no dia seguinte ao templo nomeado a cima, este que significa Morada das Dançarinas do Céu, e fica numa região afastada do centro da pequena cidade que o sedia. Lá ficamos poucos instantes, afinal, ao final da tarde deverímos procurar um lugar para dormir, já que não o conseguimos no próprio templo. Assim caminhamos até a estrada próxima, e mesmo sem esperança devido ao horário, conseguimos uma carona até a pequena e receptiva cidade de São Francisco de Paula, impressão causada pelos bombeiros locais, Dias, Kleber e Roque, que nos acolheram em seu posto, dando-nos comida, chuveiro e cama para passar a fria noite na serra gaúcha. Inclusive nos convidaram a permanecer ali por uns dias e conhecer as belezas da região, convite que educadamente recusamos. Porém os momentos ali foram interessantes, com música, indagações sobre nossa crença em ovnis - vimos inclusive uma filmagem de um suposto ovni nos céus da região - conversas sobre acidentes na perigosa serra da Rota do Sol e sobre supostas pessoas idênticas a nós mesmos.
Apesar de muito bem recebidos, não tardamos a seguir viagem no dia seguinte, inicialmente com intúito de ir até Cambará do Sul para encarar os canions outrora deixados de lado. Decidimos os recolocar em nosso roteiro a fim de reencontrar o Paraguaçu, que supostamente traria um blusa que eu havia esquecido em Floripa, cidade em que ele passava férias na ocasião. Porém, como já estamos nos acostumamos, não somos senhores de nosso destino, e depois de uma carona que nos levou até Tainhas, uma outra nos levou até perto de Torres, e uma terceira nos deixou na entrada da cidade praiana.
Novamente fomos muito bem recebidos pelos ilústres universitários da cidade, Guilherme e Rafael, que novamente cederam suas casa para nosso abrigo e base. Dormimos por ali e no outro dia de manhã seguimos, apenas com uma mochila de ataque, de ônibus para Praia Grande, ainda na utópica, dadas as adversidades, vontade de conhecer os cânions. Gostaríamos de acampar no alto de um deles, mas além de sermos proibídos pelo Ibama, nem mesmo conseguimos chegar ao local. De Praia Grande até o Cânion Itaimbézinho, nosso objetivo, eram 18 intransponíveis quilômetros. Duas caronas tentaram nos ajudar, porém, no meio da serra que nos separava de nosso destino, esperamos nada mesmo do que 4 horas. Acreditem, nenhum carro passou, nenhum. Por sorte, antes do anoitecer, ao menos um carro voltando a Praia Grande surgiu e nos levou à pequena cidade. Lá encontramos um bar onde assistimos ao empate do Inter - imaginem o mau-humor do Alex depois disso, rs - e a vitória tranquila do São Paulo. Acampamos em um balneário na beira do rio Mampituba, e no dia seguinte, com uma carona e um ônibus, voltamos a Torres onde tínhamos deixado nossas coisas.
Os últimos dois parágrafos relataram os dias de espera ao Paragua, ou melhor, à minha blusa, contudo, na tarde de sexta-feira só encontrei o primeiro: a blusa não veio. O Paragua até tentou, mas um desencontro ocorreu e nada feito. Pegamos então uma carona com o próprio Paragua em direção a Osório, ou pelo menos isso imaginávamos. O Paraguaçú disse que a Bina havia conseguido carona e talvez trabalhos para nós com um tio em Tavares, uma das cidades em nosso modificado roteiro, dado isso o acompanhamos a Canoas, onde NOVAMENTE encontramos a Sabrina!! Inúteis meus alertas ao Alex, novamente fica provado como é difícil se ver livre dessa garota!!!! Não é Sá??? Hahahaha!
Bom, sábado fui a um forró ao ar livre em Porto durante a tarde e à noite fui a Estrela, cidadezinha a uns 100km daqui, com o Alemão, outro grande amigo da cidade, curtir uma festinha de dança que teve por lá. Domingo um dia para descansar e hoje, segunda, aguardamos ansiosamente notícias da Bina dizendo o dia e o horário da nossa carona até Tavares, esperamos partir amanhã mesmo.
Não vou, todavia, declarar quais nossos planos para os próximos dias, afinal, dada a nossa experiência nesses assuntos, sabemos que eles não se concretizarão. Acho que vou me desplanejar, e deixar a partir de agora, a vida me levar.
Vadiando agora sem rumo, um grande abraço a todos e muito obrigado pelos comentários.
Andejo.
Hahaha!
ResponderExcluirÉ difícil mesmo se livrar de mim, ne?! Será que é pq eu sou essa mala sem alça que tu adora tanto??? rsrsrs
Tu sabe que aqui tem um Porto, além de Alegre, seguro! E tem sempre um lugarzinho pra ti aqui.
Um bjão.
Tô na torcida sempre.