O Andejo Vadio: O Andejo
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"I always wonder why birds choose to stay in the same place when they can fly anywhere on the Earth. Then I ask myself the same question."
(Harun Yahya)

O Andejo


O Andejo

Muito prazer, eu sou Carlos, ou Carlinhos, Carlitos, Charly. Para minha mãe: Carlos Augusto. Alguns amigos me chamam de Demente, outros de Ipiranga, más lembranças ao recordar de Pirulito e Chokito, mas pelo menos por aqui, podem me chamar de Andejo.

Esses diversos apelidos são um retrato do que sou, uma metamorfose ambulante, um moleque de gosto eclético que detesta rotina e previsibilidade. Já fui professor de dança de salão, vendedor, barman, garçom, recepcionista e até banhista de cachorros em PetShop e agora, estudante de fotografia. Comecei a estudar também Design na UTFPR, em Curitiba, cidade onde sempre morei, mas onde nunca me senti em casa e por isso a deixei, junto com todo o resto, para ir em busca de meu lar.

Achei. É a estrada, e por isso, Andejo. Para aqueles que não sabem, de acordo com o "pai dos burros", andejo significa "aquele que anda" e como sinônimo poderiam incluir o meu número de CPF. Descobri que é na beira da estrada que me sinto em casa, que é comendo um sanduíche no banco do carona que me sinto à mesa e que  para mim o para brisa de um caminhão é mais interessante que uma televisão.

Viajar começou como um sonho. Aos 19 anos, em meu primeiro mochilão, virou realidade, aventura. Durante minha última viagem, que durou 22 meses, virou uma forma de vida. Depois de explorar o mundo, desfrutando das constantes novidades que a estrada tem a oferecer, sugando a sabedoria da terra com a mesma avidez com que um atleta sedento vira um copo d'água, é difícil voltar a sentar atrás de uma mesa, olhar por uma janela sem divagar, imaginando o tempo que está perdendo, ali, parado.

É claro que existe a parte ruim, e como existe. Essa é uma vida solitária, com momentos de felicidades contidos pela falta de alguém ao seu lado para compartilhar. Com momentos de dor, dúvida e tristeza, sem ninguém para te ajudar e, para isso criei esse blog. 

O Blog


Este blog começou como nada mais que uma forma de relatar o que vivia na viajem que iniciou em 15 de dezembro de 2009, compartilhar experiências, informar amigos e parentes sobre o meu paradeiro. Se transformou em um diário, um companheiro, um confidente. Inúmeras vezes chorei sobre o teclado, sorri aos lembrar de fatos curiosos, arrepiei-me ao lembrar dos riscos que corri e respirei aliviado ao terminar de relatar uma história que me deixou sem fôlego.

Essa viagem acabou, mas não os meus planos de abrir as cortinas do mundo, andar pelos bastidores da sociedade, tentando a cada dia desvendar os mistérios que movem, de fato, este planeta e este blog continuará me acompanhando enquanto eu achar que o que estou aprendendo é digno de ser compartilhado.

Declaro que este não é um guia de viagem. Não dou dicas de hospedagem ou alimentação. Compartilho idéias, ideais, experiências e sensações. Gostaria de levar os poucos que se interessam pela leitura a viajar comigo através do mundo, pegando carona em minha mente, enxergando o mundo através de meus olhos e interpretando minhas próprias interpretações.

As Viagens

Neste momento estou estagnado. Voltei à cidade para dar suporte a pessoas que sempre o fizeram por mim. Estou trabalhando muito, tentado administrar o negócio de meus pais, mas não deixo de pensar na estrada e em uma forma de aprimorar essas experiências. Passarei todo este ano (2012) estudando fotografia, pensando, como sempre, em encontrar profissões que me ajudem a abrir as asas e voar. Obviamente também não deixo de fazer o que todo viajante crônico faz quando está parado em algum porto: planejar minha próxima viagem. Basicamente é sobre isso que falarei este ano, planejamento e preparação. Quem sabe isso não sirva de inspiração para ajudar mais alguém a tirar os pés do chão.

Sejam bem vindos, e depois de entrar nesse mundo espero que não tenham nunca vontade de sair!

Tenho dito,

Andejo.