O Andejo Vadio: Enfim, nos céus!
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"I always wonder why birds choose to stay in the same place when they can fly anywhere on the Earth. Then I ask myself the same question."
(Harun Yahya)

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Enfim, nos céus!

Finalmente voltei ao lugar que nunca deveria ter saído, a estrada! Comecei minha viagem anteontem, dia 08/02/2010. Depois daquela tensão inicial da noite prévia, embarcamos no trem para Morretes. Viagem bem bacana, com belas paisagens e com a empolgação de uma nova temporada ao acaso, conhecemos, eu o Alexandre, alguns outros passageiros. Entre eles alguns biólogos que desceriam no Marumby, conjunto de montanhas localizado na serra do mar. Depois de hesitar por alguns instantes decidimos também descer nessa estação. Enchemos o cantil pela primeira vez na administração do parque, mesmo local onde deixamos as mochilas e começamos a subida, e que subida. Escolhemos o monte Olimpo, também conhecido como Pico do Marumby, e com seus 1539 m de altitude no cume, realmente lembra a morada de deuses. Não me lembro de uma vista tão bonita e emocionante em toda minha vida, mesmo extremamente cansado pela subida íngreme muitas vezes mais próxima a uma escalada do que a uma caminhada, esse momento no topo me mostrou o quanto essa viagem valerá a pena. Dia lindo, aves planando no morro ao lado, cidades, rios, montanhas e oceano dividiam os 360° de horizonte possíveis de serem vistos dali. Não pudemos aproveitar muito, pois o sol ardia as 3 horas da tarde, e não sabíamos quanto tempo levaríamos pra descer. Chegamos lá em baixo com as pernas trêmulas de cansaço, porém relaxados depois de sermos massageados por uma cachoeira. Meia hora depois de terminarmos o percurso começou a chover, uma ótima noite para dormir, não sendo perfeita apenas pelo excesso de pernilongos e pela falta de repelente!!! No dia seguinte caminhamos uns 5 km serra abaixo até encontrarmos algumas caronas que nos levassem a Morretes. E aqui estou eu. Deixei minha mochila num restaurante e demos uma volta pela pequena cidade, e na volta ainda ganhamos o almoço. A partir deste ponto seguirei sozinho, pelo menos por enquanto, pois o Alexandre teve uma emergência e voltou para casa, espero reencontrá-lo mais para frente. Mesmo sob forte chuva segui caminhando em direção a Antonina, mas consegui carona com um caminhoneiro chamado Leonir, sujeito gente fina que estava indo em direção a Guaraqueçaba, e segui com ele. No ponto em que nos separamos ele me pagou um salgado e me deu 20 contos me aconselhando pegar um ônibus até Guaraqueçaba, que ficava cerca de 3 horas a frente de onde estavamos em estrada de terra. Creio que ele acreditava que eu estava completamente sem grana por estar pedindo carona, e disse que se sentiria ofendido se eu recusasse pois ele mesmo já dependera de carona e de ajuda dos outros por essas estradas a fora. Relutante aceitei, e com esse dinheiro peguei o ônibus e paguei um camping em Guaraqueçaba. Fui convidado a tocar violão com um pessoal num buteco, e quando me sentei com eles, me serviram cerveja e cachaça ao mesmo tempo que o dono do bar trazia mais um violão, um cavaco, um pandeiro e um tam-tam, gastamos ali um par de horas tocando desde Bezerra da Silva e Adoniram Barbosa até Chico Buarque e Paulinho da Viola. Hoje subi mais um morro e vi toda a região por cima, estou virando fã deste tipo de visão. Em duas horas pego um barco para a ilha de Superagui, onde devo passar essa noite, vamos ver como é esse recanto.
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Bom, por enquanto é só.
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Grande abraço a todos, e assim que possível volto a escrever por aqui.
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Andejo

Um comentário:

  1. nossa rapaz!que vida agiatada!boa sorte na viagem!atualize isso aqui sempre!!!

    bjoo

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